segunda-feira, 5 de março de 2012

Monitor de abrigo é preso suspeito de abuso contra três meninas em PE

Segundo delegado, ele tirava adolescentes da cama depois que dormiam. Laudo prévio do IML constatou que ele estuprou pelo menos uma delas.



Foi preso na tarde desta sexta-feira (2) um homem suspeito de abusar sexualmente de três adolescentes em Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco. As meninas – duas de 13 anos e uma de 14 – moram em um abrigo para vítimas de maus tratos e outros crimes chamado Lar de Nicolas, de onde o suspeito é monitor. Ele tem 31 anos, é prestador de serviços da prefeitura do município e foi detido no próprio abrigo, localizado no bairro da Boa Vista, na cidade.

“Ele ameaçava as garotas. Dizia que se elas contassem pra alguém, ia mandá-las para outra instituição, onde o tratamento seria pior”, conta o delegado de Belo Jardim, Gustavo Ramos. Ele reforça que as 16 crianças que vivem no local parecem bem nutridas, frequentam a escola e são bem cuidadas - por isso temiam tanto sair de lá.

A casa tem dois pavimentos: no primeiro andar, ficavam os meninos e no segundo, as meninas. Há ainda um berçário. Como monitor da casa, o suspeito trabalhava em turnos de 24 horas por 48 de folga e deveria dormir no mesmo andar dos meninos. Havia uma monitora responsável pela área das meninas e pelo berçário. “Ele esperava as crianças dormirem e a monitora sair do local, tirava elas da cama dormindo, descia, abusava e levava de volta”, explica Gustavo Ramos. “Ele tinha a chave do dormitório das meninas”, conta.

Segundo Ramos, o homem já vinha abusando há um ano de duas das meninas, que não tiveram coragem de contar a ninguém. “Ele foi tentar abusar de outra menina, de 13 anos, e essa contou à psicóloga. As outras duas vieram atrás, denunciaram também”.

As assistentes sociais prestaram queixa na delegacia na quinta-feira (1º). O delegado encaminhou as adolescentes para fazer exame sexológico no IML e conseguiu, na justiça, um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que já foi encaminhado ao Presídio de Pesqueira. “Ele seria um prestador de serviços temporário, mas estava lá há três anos. E já tinha uma condenação anterior por porte de arma, que foi convertida em pena alternativa”, afirma Ramos. O delegado aguarda o laudo completo das perícias para concluir o inquérito, o que deve ser feito em um prazo de dez dias.
Do G1 PE

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